Como diz o antigo ditado "os iguais se atraem" ecoa como uma lei natural, regida não apenas por energias físicas, mas por forças psíquicas e espirituais. A afinidade entre pessoas é moldada pelas vibrações compartilhadas, crenças, valores e o ambiente em que estão inseridas. Essa relação é o reflexo do que cada ser carrega em si mesmo, e, como espelhos, uns revelam os outros.

 

1. Carl Jung, pai da psicologia analítica, acreditava que "não são os eventos exteriores que moldam nossa vida, mas as imagens interiores que criamos". O conceito de inconsciente coletivo nos ensina que compartilhamos arquétipos e padrões que nos conectam a outros que vibram na mesma frequência. Aquilo que nos atrai em outra pessoa, seja luz ou sombra, revela aspectos de nós mesmos.

 

2. Hermes Trismegisto, na Tábua de Esmeralda, propôs a lei da correspondência: "Assim como é em cima, é embaixo; assim como é dentro, é fora". As relações que mantemos são um reflexo do que está em nosso interior. A energia que emitimos determina os encontros que experimentamos. Atraímos o que somos.

 

3. Aristóteles, com sua teoria sobre amizade, dizia que "os semelhantes se atraem", pois aqueles que compartilham virtudes e crenças caminham juntos. Essa busca pela semelhança se dá na tentativa de reafirmar nossa própria essência, reforçando o que consideramos verdade para nós.

 

4. Friedrich Nietzsche sugere que os seres humanos buscam quem alimenta suas verdades. Em seu conceito de “vontade de poder”, ele sugere que projetamos nossas convicções no mundo, e o mundo nos devolve conexões compatíveis. As crenças comuns criam laços profundos.

 

5. Lev Vygotsky, grande estudioso da psicologia social, acreditava que o ambiente tem um papel crucial no desenvolvimento humano. Ele dizia que o meio social define nossas escolhas e caminhos, e essas escolhas não são independentes, mas fruto de influências externas e internas.

 

6. Krishnamurti nos lembra que "você é o mundo, e o mundo é você". Nossas relações não são apenas reflexos de nossa psique, mas também moldadas pelo ambiente ao nosso redor. Estamos imersos em um campo de energia coletivo, onde os laços que formamos revelam nossa essência e criam novas realidades.

 

As escolhas que fazemos, as companhias que cultivamos, são alimentadas por essas vibrações sutis. O meio em que estamos inseridos age como um portal de oportunidades e limitações, moldando nossos pensamentos e nossos desejos. E, mais importante, direcionando nossas escolhas futuras.

 

Por isso, caro leitor, esteja atento. Veja com quem as pessoas andam, observe os laços que formam. Ali, no tecido invisível das relações, você encontra uma chave para decifrar quem elas realmente são. O relacionamento é o reflexo mais claro de sua alma e de seus valores mais profundos. Através dos outros, você enxerga partes de si que, talvez, permaneciam ocultas.

 

E ao ver, cabe a você escolher: pertencerei a esse círculo, ou me ausentarei? Seja consciente de que a decisão de caminhar ao lado de certos indivíduos ou trilhar um caminho solitário definirá não apenas suas experiências, mas a energia que guiará sua jornada.

 

Frater Cansanas