A tendência de quem está insatisfeito e frustrado é, normalmente, olhar para quem está feliz e bem resolvido com inveja, com revolta. Parece que nessas horas a felicidade do outro dói na gente. E essa dor de frustração, muitas vezes, é direcionada de forma errada, fazendo com que tenhamos antipatia pela pessoa que está em uma boa posição. Daí nascem as maldades causadas pela inveja: críticas, maledicências e por aí vai...

 

A inveja sentida  e todo mundo já sentiu isso, não minta para você  é apenas o sinal da sua alma, que é lúcida, avisando: “Olha, está vendo aquela pessoa lá? Você poderia estar como ela, se estivesse seguindo a sua verdade, se estivesse dando oportunidade a si mesmo de usar tudo o que sabe e todo o potencial que você já tem condições de usar.” É só isso. Mas, como somos maldosos conosco, já vemos a inveja como um mal e escondemos de nós mesmos que estamos sentindo isso.

 

Inveja é admiração. Preste atenção como há coisas bonitas e bacanas que não causam isso em você. Nesse caso, ou você está satisfeito com isso, ou isso não é uma necessidade do seu espírito, por isso não lhe incomoda. Tudo o que admiramos nos outros e invejamos são capacidades que temos e não sabemos que temos. Por isso dói, parece uma coisa gritando em nós, exigindo aquilo para nós. Mas não é querer o que é do outro, é querer fazer esse bem, visto no outro, para si mesmo, de forma semelhante.

 

Olhando desse jeito, você pode perceber como a Inteligência Divina é, realmente, perfeita. Tudo é bom. A maldade está na interpretação que damos. Até os sentimentos “ruins” são bons; são sinais de que estamos em falta conosco. Está na hora de nos olharmos mais amorosamente e pararmos com as condenações, transformando o que nos parece mal em uma nova forma de lidar conosco, para que possamos construir uma autoestima muito positiva. Precisamos ser amados e, mais do que isso, precisamos muito desse autoamor, desse autorrespeito!

 

Meire Espírito Santo